quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

CLAUS PHILLIP SCHENK

Claus Philipp Schenk, Graf von Stauffenberg , ou Conde de Stauffenberg , nasceu em 15 de novembro de 1907, em Jettingen-Scheppach e morreu em 21 de julho de 1944 em Berlim. Foi um coronel alemão durante a Segunda Guerra Mundial  e  autor de um dos atentados da resistência alemã contra Adolf Hitler. Esta tentativa de matar o führer ficou conhecida como  o atentado de 20 de julho.
Nobre, de uma família da Baviera, tradicionalmente católica, mais precisamente ligada ao antigo Reino de Württemberg, eram detentores do título nobiliárquico de graf que na nobreza latina é o mesmo que conde.



Seus pais eram Alfred Schenk Graf von Stauffenberg (Alfred Schenk conde de Stauffenberg) e Caroline geb. Gräfin von Üxküll-Gyllenband (português: Caroline condessa de Üxküll-Gyllenband). Sua mãe passou a se chamar depois do casamento: Caroline Schenk Gräfin von Stauffenberg (português: Caroline Schenk condessa de Stauffenberg).
Claus era um intelectual e estudou literatura e história, antes de se juntar ao exército alemão. Foi o oficial  alemão mais jovem a chegar ao posto de coronel, era uma estrela em ascendência no exército (Heer) das forças armadas alemãs (Wehrmacht).
Stauffenberg era católico praticante.
É conhecido que Stauffenberg concordava com alguns aspectos da ideologia nacionalista do Partido Nazista alemão, chegando a apoiar a invasão da Alemanha contra a Polônia. Ele ainda foi ouvido fazendo comentários anti-semitas e expressou apoio pelo uso de mão de obra escrava polonesa. Ainda assim, ele já era conhecido por não ser um simpatizante entusiasmado, expressando repugnância com várias ideologias nazistas e se recusou a se tornar um membro do partido. Stauffenberg vacilava entre o seu desgosto pessoal pelo Hitler e o respeito pelo que o führer havia feito com o país, rearmando o exército e reerguendo a nação. Mas, testemunhando o tratamento dispensado aos judeus alemães, e a supressão religiosa ofenderam o senso de catolicismo e moralidade de Stauffenberg.
Foi ferido num ataque aéreo em 7 de abril de 1943 na campanha Norte-Africana quando servia no Afrika Korps. Perdeu dois dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo, além de graves ferimentos no joelho.

O ATENTADO



Stauffenberg, junto com outros vários militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler, organizou um atentado a bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices que aguardariam Stauffenberg colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste malsucedido atentado que tentou remover o líder nazista do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" (em alemão, "Wolfsschanze") situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn, junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na Prússia Oriental, atual território da Polônia).

Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1kg de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar uma das bombas à sala de reunião onde ocorreu o atentado. Os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica. Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de madeira de carvalho protegeu o Führer da explosão.

Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "eu sou imortal."
Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. O duce ficou impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no fato de Hitler ter sobrevivido.

Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim. Foram traídos por um cúmplice o general Friedrich Fromm. Ao saber que Hitler tinha sobrevivido, Fromm denunciou seus companheiros como os Generais Friedrich Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben (posteriormente enforcado), o Coronel Mertz e o Tenente Werner von Haeften, os quais foram fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário.

No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da Alemanha pós-Hitler foi encontrada no cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e tentativa de golpe de estado. O ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor. Friedrich Fromm foi condenado a morte e fuzilado em 12 de Março de 1945.
Conforme apresentado no filme The Desert Fox: The Story of Rommel, o outro suspeito de participar da conspiração, o Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a "Raposa do Deserto", foi concedida a opção de suicidar-se, de que ele fez uso.

Claus von Stauffenberg disse à sua família:
"se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei traindo minha consciência".
Atualmente Von Stauffenberg é considerado o modelo de soldado alemão pelo Bundeswehr: "um cidadão fardado".
Foi fuzilado nas primeiras horas do dia 21 de Julho de 1944 no Bendlerblock de Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram:
– "Es lebe das heilige Deutschland! (Vida Longa para a sagrada Alemanha!)"
Encontra-se sepultado no Memorial da Resistência Alemã, Stauffenbergstr, em Berlim na Alemanha.
Fonte: Wikipédia.

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